quarta-feira, 28 de abril de 2010

Passo 02

Passo 2 - Considera-se a épica Prosopopéia (1601), de Bento Teixeira (1561-1618), a primeira manifestação literária brasileira produzida diretamente a partir da esteira da tradição portuguesa. Alfredo Bosi, em sua História Concisa da Literatura Brasileira, chega a tomar a obra como “um primeiro e canhestro exemplo de maneirismo nas letras da colônia”. Explicando que entende o maneirismo deste caso na “sua acepção mais pobre”: “à maneira de um autor já consagrado”.

• Qual é o autor português que serve de modelo a Teixeira, à maneira de qual obra constrói sua Prosopopéia?
O autor que serve de modelo a Bento Teixeira é Camões, e Os Lusíadas é a obra que inspira a Prosopopéia de Bento Teixeira.

• Quais as características formais da obra brasileira que denunciam evidente aproximação desta com a obra portuguesa referida?
As características formais que aproximam a Prosopopéia com Os Lusíadas, é que Prosopopéia também é um poema épico, apesar de ser pequeno, com 94 estrofes (estâncias) em oitava rima e versos decassílabos heróicos, além de conter, em Os Lusíadas, a proposição na estrofe 1, a invocação na estrofe 2, a dedicatória nas estrofes 3 e 4, o início da narração é na estrofe 7 e o epílogo na estrofe 94.

• Ao mesmo tempo, há alguma novidade lexical, cenográfica ou temática na obra quando comparada a seu modelo?
Há pequena ressonância do ambiente da Colônia, salvo algumas descrições da natureza: "Descrição do Recife de Pernambuco", e “Olinda Celebrada” a que não se pode atribuir qualquer sentimento nativista. É considerado apenas como documento histórico sem grande valor literário, mas que testemunha os ecos do Barroco no Brasil, especialmente por sua sintaxe latinizante e as complexas inversões da ordem direta.

• Explique sucintamente qual é o tema de Prosopopéia.
Para consultar o poema, acesse o site do NPILL da Universidade Federal de Santa Catarina:
http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/prosopopeia.html Acessado em 06 de dezembro de 2009.
O tema de Prosopopéia é a narração e exaltação dos feitos heróicos de Jorge Albuquerque Coelho, terceiro donatário da Capitânia de Pernambuco,e seu irmão Duarte de Albuquerque Coelho em terras brasileiras e africanas, mais exatamente na Batalha de Alcácer Quibir.

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